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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

EXPRESSÃO ARTÍSTICA SOBRE OS CALCETEIROS



Faço arte meus amigos
Ouçam isto que vos digo
A pedra nasceu em bruto
Para mim é apenas fruto





Les Casseurs de Pierres, 1849 (Os Calceteiros) .
Gustave Courbet (1819-1877)




O movimento realista surgiu na França entre 1850 e 1880, e estendeu-se pela Europa e demais continentes. O mesmo representou o repudio ao artificialismo da arte neoclássica e da arte romântica. Os artistas realistas retratavam a realidade física do mundo por meio da objetividade científica e crua, abordando temas da vida cotidiana e paisagens impregnadas por um teor critico, socioeconômico e também político, colocando em questão a nobreza de temas da arte oficial.
Há duas coisas preponderantes no surgimento do movimento realista. A Segunda Revolução Industrial, que propiciou um ambiente oportuno, pois culminou com a forte individualização da burguesia industrial, e o advento da fotografia, que colocou em questão o caráter único da obra de arte. Gustave Courbet é considerado o maior representante deste período, tendo lançado em 1855, o Manifesto Realista, para ele a pintura consiste na representação das coisas reais. Tinha o realismo como princípios fundamentais à convicção da objetividade do mundo exterior e a possibilidade de representa-lo plasticamente; valorização da sensibilidade subjetiva e a sinceridade.
“A beleza não está no característico, mas na verdade” , afirma Courbet. Em 1850, foi apresentado o primeiro quadro de tema proletário, Les Casseurs de Pierre (calceteiros). Que causou forte reação na critica e no publico. Courbet retratava a vida, os problemas e costumes das classes média e baixa, ou seja, pintava o homem em sua função social, seja qual fosse ela, tendo isso como um assunto digno de ser representado. A fealdade e a banalidade do mundo são retratadas sem falsas idealizações, sempre em defesa de uma teoria política, courbet era socialista, ou em favor dos interesses da melhoria social.


Segundo Oscar Lopes a tela Les casseurs de pierre de Courbet, serviu de modelo para os calceteiros de cristalizações, tema que desenvolverei em breve.

ORIGEM DA CALÇADA PORTUGUESA



Castelo de S. Jorge, 1842....sim 1842, não me enganei nem leram mal é a data dessa foto, a primeira fotografia, da autoria de Louis Jaques Daguerre, data de 1827.


"A chamada "calçada portuguesa", conforme a conhecemos, em calcário branco e negro, foi empregada pela primeira vez em Lisboa no ano de 1842, por presidiários, então chamados "grilhetas".



A iniciativa partiu do Governador de Armas do Castelo de S. Jorge, Tenente-general Eusébio Cândido Furtado. O desenho foi uma aplicação simples, tipo zig-zag. Para a época foi uma obra de certa forma insólita que motivou versos satíricos dos cronistas portugueses e levou o escritor Almeida Garret a mencioná-la no romance O Arco de Sant'Anna.



O sucesso foi tanto que proporcionou ao Tenente-general novas verbas para pavimentar toda a área do Rossio - seguramente a região mais conhecida, mais central de Lisboa - numa extensão de 8.712 metros quadrados.



Logo, a pavimentação se espalhou por toda a cidade e pelo país. As jazidas estavam disponíveis nos maciços na periferia da capital portuguesa.A preferência pelas pedras confere uma espécie de actualização ao uso comum, até pouco antes, de seixos nos átrios das casas, dos conventos e palácios.

Fonte: http://mosaicosdobrasil.tripod.com/id4.html

Apesar de alguns erros que alterei, tais como: a pedra preta que normalmente as pessoas tratam como basalto, é na realidade calcário negro, apesar de também se utilizar basalto para calcetar, nomeadamente nos Açores, é um tipo de pedra completamente diferente com um mais difícil corte e aparelhamento.

"OS CALCETEIROS" DE DREBET REPRODUZIDOS EM ARTE PICTÓRICA




Os principais museus do mundo estão preocupados em garantir o acesso à arte pictórica para pessoas cegas ou com reduzida acuidade visual.

Achei interessante o trabalho que a artista plástica brasileira Laura Chagas está a desenvolver, para o Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação Prof. Dr. Gabriel Porto (Cepre) da Faculdade de Ciências Médicas.

“A idéia inicial que eu acalentava era produzir um livro com ilustrações táteis para os deficientes visuais". Afirma Laura Chagas. “À medida que o trabalho se foi desenrolando foram surgindo novas ideis até ao resultado actual. Não se trata de uma tradução das obras – o que seria impossível – e nem de uma adaptação, mas de uma mediação. Fornecer aos deficientes visuais uma noção das obras.”, esclarece Laura Chagas. Como o objetivo é possibilitar este contato desde a infância, a autora optou por utilizar materiais baratos e técnicas simples, reprodutíveis e acessíveis a todos.

Do francês Jean Baptiste Debret, que pintou o Brasil do século XIX, Laura escolheu a aguarela Calceteiros, que retrata o trabalho escravo numa praça do Rio de Janeiro. A pintura é cheia de detalhes, que a artista representou apenas com os dois escravos do primeiro plano. Para isso, utilizou a chamada borracha “eva” (etil vinil acetato), que por suas cores, facilidade de manuseamento, limpeza e durabilidade transformou-se em bom material para trabalhos artesanais e escolares. Ela afirma que poderia representar também as cenas de fundo, separando-as em camadas e trabalhando cada uma delas em pranchas. Outra possibilidade seria simplesmente descrever todas as cenas do quadro, como fazem alguns museus, o que a artista considera demasiado enfadonho quando a proposta é permitir às crianças um contato com a obra.

Os trabalhos de Laura apresentam tamanhos que facilitam o contacto manual e a reprodução de detalhes, sem que se atenham às dimensões originais. Ela observa que a tela de Debret, por exemplo, não mede mais do que um palmo de largura, ao passo que outras de menor dimensão podem ficar razoavelmente grandes. Frisando que procurou sempre soluções simples e com materiais baratos e acessíveis, Laura informa que os trabalhos similares em museus são muito mais sofisticados, como pranchas em resina, apropriadas para higienização depois de manuseadas por um número grande de visitantes.

POEMA AO CALCETEIRO

Como diria o António Aleixo,... esta poesia que vos deixo!


OS CALCETEIROS

Escrevem na rua:
juntam
cuidadosamente
palavras

pegam-lhes
sílaba a sílaba
escolhem, unem,
completam,
tocam
ao de leve por cima
e continuam.

Com o maço
e o suor
assinam.

Poema de António Osório

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

EMPEDRADOS GRANADINOS

Hoje vou dedicar o tema a um tipo de empedrado artístico, igualmente belo como a calçada portuguesa, e que de certa forma com ela rivaliza em termos estécticos e artísticos, principalmente no sul de Espanha.
São os empedrados granadinos.
Como se pode observar na foto ao lado, parece-se com calçada portuguesa mas não é.
Com mais visibilidade nas cidades andaluzas, nomeadamente Granada, o outrora explendoroso bastião árabe na península, advindo daí o seu nome. Podem ser referidos como o maior legados dos árabes neste domínio artístico, pois foram eles que nos deixaram esta forma de trabalhar um tipo de pedra e este modo execução de explendidos pavimentos empedrados.

O que caracteriza um empedrado granadino?

Em vez do habitual calcário da calçada utilizam-se seixos, material silicoso, também ele de várias cores tal como a calçada, apesarem de permanecerem mais comuns neste tipo de empedrado o preto e o branco.

O empedrado é um solo pétreo muito resistente, lavável e adaptável a qualquer contorno.
Graças ao vasto leque de possibilidades quanto à execução de desenhos e motivos, apropria-se ao alindamento de páteos interiores, ruelas e vielas, e até paineis verticais, como é de frisar na distinção dos demais trabalhos, o que se pode observar no albúm de fotos. Deixo um link no final do post.
É composto o piso por pequenas pedras arredondadas de seixo branco, que formam o fundo, e pedras também de seixo de forma mais alongada, negras ou cinza escuro que dão forma o motivo pretendido.



A sua execução efectua-se tal como na calçada portuguesa, seixo a seixo manualmente, como demonstra a fota acima, aplicando-os justapostos de forma a minimizar a junta, e enquadrados posicionalmente dando os contornos pretendidos aos motivos decorativos. Os seixos são aplicados predominantemente de perfil para dar mais consistência ao piso. É um trabalho completamente artesenal, igual ao que se fazia no período árabe do qual o herdamos.
Apenas muda o modo de fixação, que hoje é cimento, ao passo que outrora era utilizado uma argamassa com cal.

Salvaguardadas as devidas diferenças, esta forma de trabalhar a pedra está muito relacionado com o sistema de mosaico romano. Pois foi destes, que reproduziram os árabes motivos e técnicas, incorporando as suas modificações, e inovando composições artísticas de inegualável beleza que nos legaram.


Ora vejam o rol !.....

http://www.empedrados.com/

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

MONUMENTO AO CALCETEIRO EM LISBOA

Fotografia de Dias dos Reis

No mês de Dezembro de 2006 a arte de Calceteiro foi homenageada e imortalizada com a inauguração do Monumento ao Calceteiro na baixa lisboeta, onde nasceu a tradicional calçada portuguesa.
“Esta é uma homenagem da cidade de Lisboa a todos os calceteiros do passado, do presente e do futuro pelo seu trabalho magnífico de pessoas dedicadas, esforçadas e abnegadas”, afirmou com orgulho o edil lisboeta, lembrando que o calceteiro é um ofício que tem levado o nome de Lisboa e de Portugal a outras cidades do mundo inteiro pela beleza da sua arte.
Na cerimónia, para além de um conjunto de responsáveis pela edilidade, estiveram ainda presentes os formandos da Escola de Calceteiros de Lisboa, bem como Paulo de Almeida que representou todos os calceteiros da cidade.

Da autoria do escultor Sérgio Stichini, o Monumento ao Calceteiro situa-se na Rua da Vitória, entre a Rua da Prata e a Rua dos Douradores, frente à Igreja de S. Nicolau, local escolhido pela proximidade ao Rossio, onde surgiu em 1849 a calçada portuguesa tal como a conhecemos hoje com o famoso desenho do mar largo.



Em bronze e realizado em tamanho real, o monumento é composto por duas figuras, que ficam enquadradas por uma demonstração na calçada de uma barca de S. Vicente, símbolo da cidade de Lisboa. Na foto acima, não se visualiza o segundo elemento deste conjunto (o batedor), porque se encontra em restauro depois de vandalizado pelos energúmenos do costume.
Além do reconhecimento público da profissão de calceteiro, o Monumento ao Calceteiro tem como objectivos a promoção da calçada artística e da qualidade do espaço público.Hoje a calçada portuguesa é uma realidade em diversos pontos do mundo, de Portugal a Timor, do Brasil a Macau, por onde os portugueses passaram. É uma parte da nossa cultura e um cartão de visita.

A Câmara Municipal de Lisboa tem investido nesta arte, com a criação em 1986, da Escola de Calceteiros de Lisboa que tem desenvolvido um intenso trabalho de formação ao longo dos últimos 20 anos, formando calceteiros em Lisboa e auxiliando na formação de profissionais em outros países.

sábado, 17 de novembro de 2007

EXECUÇÃO DE TRABALHO ARTÍSTICO




E para terminar, presentei-vos ainda com esta foto onde já se faz calçada artística!
Bem demonstrativa do salto evolutivo que todos deram desde a aprendizagem até agora.

EXECUÇÃO LEQUES EM GRANITO_ESCÓCIA


 

No Reino Umido, o empedrado mais utilizado é o granito, ao invés do nosso calcário!
Deixo dois exemplo de trabalhos que lá fiz, um deles para o sultão do Brunei.

APRENDIZAGEM




Minhas caras alunas/os , bem vindos ao meu blogue, dedicado à calçada portuguesa!
Um espaço que se pretende de debate alargadoo sobre o tema, aberto a todos, onde naturalmente podem e devem participar.

Quem é que ainda se lembra deste dia? No início da aprendizagem.... Já foi há algum tempo não?...

Qual de vós diria neste dia, vir a saber o que hoje já sabem hoje?

Lenda da Calçada de Alpajares ou Calçada do Diabo

Na calçada de alpajares pode-se fazer um passeio pedestre, com 8km, que nos leva a um dos locais mais fantásticos do Douro Internacional. Um caminho construído do nada, onde as pedras e estruturas rochosas aparecem como se a mão humana as tivesse feito. No caminho sinuoso encontram-se alguns pombais e sepulturas antropomórficas cavadas no xisto preto.

Fi-lo em Janeiro de 2006 envolto numa paisagem sem explicação!!!


Agora vamos à Lenda da Calçada de Alpajares ou Calçada do Diabo

Diz a lenda que "em tempos antigos era tudo por este sítios barrancos e precipícios medonhos, um cavaleiro vindo dos lados de Barca d'Alva em noite de tempestade, chegou à margem da Ribeira do Mosteiro que ia de mar a monte. Dada a necessidade impiedosa de atravessar o bravo curso de água, pois tinha a sua amada à espera, suspirou aflito: Valha-me Deus ou o Diabo. Foi Satanás que apareceu ao chamamento e disse: Se me deres a tua alma, antes que o galo preto cante, te darei uma ponte e uma estrada para que possas seguir a tua cavalgada sem perigo. O Cavaleiro aceitou e o infernal pedreiro e seus acólitos atarefaram-se na arrojada construção de uma calçada entre os fraguedos, distribuindo 18 elegantes lancetes em gogos da ribeira, ao som estridentes cantares de Bruxas que no terreiro se reuniram para festejar a conquista de mais uma alma. Eis que canta o galo três vezes quando apenas faltava colocar as duas últimas pedras da ponte. O cavaleiro liberto do seu compromisso prosseguido a sua viagem e o Diabo enraivecido, desapareceu com os seus acólitos através de uma bocarra que se abriu entre os penhascos".

Lendas à parte, a realidade histórica da referida calçada é bem diferente, afinal não passa de uma calçada romana, mais uma entre muitas, esta com a particularidade de ao longo dos tempos, e ainda hoje, ter despertado o imaginário colectivo das populações locais. Afinal, coisas do diabo sempre houveram, até calçadas....

Segundo o IPPAR «foi classificada em 1977 como "Imóvel de Interesse Público", a "Calçada de Alpajares", ou "Calçada dos Mouros", como será mais conhecida localmente, integrava a via romana de carácter secundário que atravessava o rio Douro (nas imediações da localidade de Barca de Alva) e a ribeira do Mosteiro, até chegar ao planalto mirandês. Actualmente, remanescem apenas alguns dos seus troços originais, visíveis perto da convergência das ribeiras da Brita e do Mosteiro, a partir da qual se prolonga pela encosta de Alpajares de forma ziguezagueante, até chegar ao muralhado do povoado de São Paulo, edificado na Idade do Ferro no cimo de um espigão sobranceiro àquelas mesmas ribeiras, com testemunhos ocupacionais dos períodos romano e medieval. E terá sido, na verdade, a excelente implantação estratégica deste Castro que subjazeu à sua eleição por parte do poder romano, que assim fez confluir para a sua fortificação a calçada, tão necessária a uma célere movimentação dos seus diversos elementos constituintes.
Estruturada ao longo de cerca de oitocentos metros em lajes afeiçoadas em xisto e seixos de pequena dimensão, a calçada possui degraus intercalados com certa regularidade, entre três a quatro metros, apresentando-se, ainda, reforçada com uma parede lateral na zona em que o declive da encosta se revela mais acentuado, designadamente nas curvas do traçado da via, que, tal como sucedeu com o Castro (vide supra), acabaria por ser reutilizado ao longo dos tempos, a atestar, no fundo, a pertinência da sua localização e a relativa abundância de recursos naturais imprescindíveis à normal subsistência das comunidades humanas de modo, mais ou menos, ininterrupto.»

OS MEUS TRABALHOS

 





DESDE 1994 DEDICADO À CALÇADA PORTUGUESA, DEIXO-VOS COM UM LINK, ONDE SE PODE APRECIAR TRABALHOS ARTÍSTICOS POR MIM EXECUTADOS!

Sem sombra de duvida o que me deu mais "pica" fazer, e ao qual dou especial destaque nas fotos, sem menosprezo por nenhum dos outros, foi o brasão da simpática vila da Calheta, na ilha de S.Jorge, Açores. Local fantástico onde passei um ano maravilhoso da minha vida, profissional e emocionalmente, culminado com a realização desse mesmo trabalho!

Ora vejam o rol !...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

COW PARADE EM LISBOA DEDICA VACA AO TEMA CALÇADA PORTUGUESA



Foi no dia 13 de Maio (2006 )que Lisboa pode assistir pela última vez à última reunião das 101 vacas que agora se encontram espalhadas por toda a cidade, naquele que é considerado o maior evento de arte pública.
Na manha do dia 14 de Maio já Lisboa acordou com muuuuuuuuuitas vacas que estão a provocar sorrisos a toda a população, desde vacas patrióticas - “Cow-Mões”, a vacas saborosas - “Chococow”, e sonhadoras - “Clowds”, e, como não podia deixar de ser, vacas cosmopolitas – “Cowcity” – e até mesmo vacas vanguardistas – “CowPuter”, “High-Tech Cow”, e a original “Uma Manada de Vaca” que consiste numa instalação de badalos que forma o corpo de uma vaca.

Naturalmente, eleborada pela artísta plástica Paula Santos, há também presente na manada uma vaca alusiva à calçada portuguesa, e é apenas esta, a vaca “Calçada Portuguesa” que representa a CML, que permanecerá na Praça do Município até ao final do evento em finais de Agosto. Um bom indicador revelador do prestígio e das estima que esta arte genuínamente nossa tem ainda para os lisboetas.

Em Março deste ano a manada encontrava-se dispersa nas bermas das estradas espanholas!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

ARTISTIC BUTTERFLY

Fotografia de Ernesto Matos


As pedrinhas do chão são trabalho!
Levam tempo a colocar!
Seleccionadas consoante a cor e a forma!
Ficam bonitas!
É a calçada artística!
E é disso que vamos falar aqui......de calçada artística!
Entende-se por calçada artística aquele tipo de calçada, normalmente de pedra miúda e de várias cores, colocadas a preceito, ajustadas umas às outras de maneira a formarem a o efeito desejado, com os desenhos bem rematados e as linhas perfeitas, escolhidas as pedras, bem quebradas as arestas, bem assentes e bem calcadas a maço, sobre um leito de pó preparado e cuidado, alindado o conjunto.
Uma calçada artística também dialoga com o local onde é colocada, tal como uma pintura, escultura, ou outra obra de arte! Temas escolhidos a propósito, de colorido resolvido tendo em conta o sítio, a luz, o enquadramento, a função, o uso.
Uma calçada artística não é, simplesmente, um chão empedrado! Mestres desse trabalho artístico foram os romanos, com os seus mosaicos temáticos, cuja qualidade de execução lhes permitiu atravessar séculos sem problemas, sem ervas e quase sem danos, até hoje.

Por outro lado, os desenhos podem transformar o que podia ser uma obra de arte num sacrifício para os olhos e até para os pés, pela simples ilusão de a gente quase imaginar que está a andar por cima de um molho de qualquer coisa, ou, então, ter diante de si um desenho que não entende.
Não o é certamente o caso da foto que ilustra este texto!....